top of page
Buscar

A importância da música clássica na elevação humana e por que ela não deve ser cancelada

Há alguns anos, a Universidade de Oxford esteve no centro de uma polêmica sobre a possível remoção de partituras de grandes compositores clássicos, como Beethoven, Mozart e Bach, de seus cursos de música. Essa discussão ocorreu em meio a um movimento crescente de revisão curricular em diversas instituições ao redor do mundo, impulsionado por debates sobre diversidade e inclusão. Embora essa proposta não tenha sido oficialmente implementada, o debate gerou ampla discussão sobre o valor da música clássica na educação e na cultura ocidental, e continua sendo relevante para as questões culturais atuais.


A proposta, na época, sugeria que o foco no repertório da música europeia branca pudesse ser prejudicial para estudantes de minorias, alegando que perpetuava estruturas coloniais e reforçava desigualdades. A partir daí, foram discutidas alterações nos currículos para incluir músicas de culturas e tradições mais amplas, em nome da inclusão.


Entretanto, esse tipo de revisão curricular levanta questões profundas sobre o papel da música clássica no desenvolvimento humano. Para Carl Jung, a música é uma linguagem universal que transcende culturas e é capaz de se conectar diretamente ao inconsciente coletivo, revelando aspectos profundos da psique humana. A música clássica, em particular, tem o poder de trazer à tona emoções e experiências transcendentais que ajudam o indivíduo a lidar com suas próprias sombras e a encontrar um sentido mais profundo na vida.


Jordan Peterson, psicólogo e pensador contemporâneo, também explora essa ideia, defendendo que a arte, incluindo a música clássica, é fundamental para confrontar o caos da existência e buscar ordem. Segundo ele, obras como as de Beethoven e Bach ajudam a estruturar o pensamento e a emoção, oferecendo um caminho para o crescimento pessoal e a resiliência emocional. O impacto psicológico dessas composições não pode ser subestimado, pois elas estimulam tanto o hemisfério esquerdo (racional) quanto o direito (criativo), proporcionando um equilíbrio saudável entre razão e imaginação.


Além disso, a música, desde os tempos antigos, sempre teve um papel essencial na cultura humana. Ela influencia diretamente nosso estado emocional e fisiológico, afetando os hormônios responsáveis pelo bem-estar, como a dopamina e a serotonina. A exposição à música clássica, comprovadamente, pode levar as pessoas a estados de relaxamento profundo e introspecção, facilitando o autoconhecimento e o crescimento espiritual.


Nos últimos anos, contudo, temos observado uma degradação da música em termos de profundidade e valor. Certos estilos musicais contemporâneos, como o funk e outros ritmos mais voltados para o entretenimento fugaz, muitas vezes promovem comportamentos destrutivos, contribuindo para a desvalorização do indivíduo. Jordan Peterson alerta para esse fenômeno, afirmando que, ao perdermos a conexão com formas mais elevadas de arte, como a música clássica, nos desconectamos de algo essencial para nossa psique e desenvolvimento.


Portanto, o debate sobre a presença da música clássica nos currículos acadêmicos vai além da simples questão de inclusão ou colonialismo. Trata-se de preservar uma forma de arte que, durante séculos, tem ajudado os seres humanos a compreender melhor a si mesmos e o mundo ao seu redor. Não podemos nos esquecer de que compositores como Mozart, Beethoven e Bach criaram obras que transcendem o tempo, ajudando gerações a alcançar um estado de consciência superior e a elevar suas almas.


Em um mundo repleto de distrações e superficialidades, a música clássica continua sendo um refúgio para aqueles que buscam profundidade e significado. A tentativa de retirar ou minimizar o impacto dessas obras-primas em nome de um discurso político ou cultural deve ser reconsiderada, pois elas são uma parte integral do patrimônio cultural e espiritual da humanidade.

 
 
 

留言


bottom of page