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A Harmonia entre Masculino e Feminino: Um Chamado à Restauração da Identidade e da Ordem Natural

Atualizado: 21 de out. de 2024

No universo, homem e mulher representam a dualidade do masculino e do feminino, ambos essenciais e complementares. Essa complementaridade não implica em superioridade de um sobre o outro, mas sim em uma harmonia necessária, onde cada um desempenha um papel fundamental na criação e manutenção da ordem. Em vez de oposição, o masculino e o feminino são duas forças que, juntas, possibilitam o desenvolvimento da vida.


A partir da visão católica, essa harmonia é expressa pela ordem natural que Deus colocou no mundo. No plano divino, o homem e a mulher foram criados como seres distintos, mas interdependentes, com a missão de se complementarem em amor e propósito. São João Paulo II, em sua Teologia do Corpo, explica que homem e mulher, em sua complementaridade, refletem a imagem de Deus e, por meio da união conjugal, participam do ato criador. Essa complementaridade está enraizada na lei natural, que se reflete não apenas no plano físico, mas também no emocional e espiritual.


Jordan Peterson ressalta que essa complementaridade é fundamental para o desenvolvimento saudável da psique. Segundo ele, a masculinidade e a feminilidade não devem ser vistas como categorias em competição, mas sim como energias que, quando equilibradas, geram ordem e crescimento. Ele argumenta que a tentativa de masculinizar a mulher e feminizar o homem, presente em movimentos culturais contemporâneos, acaba por enfraquecer a estrutura psíquica das pessoas e da sociedade como um todo. No catolicismo, essa complementaridade é essencial para viver de acordo com o propósito divino, onde o homem e a mulher, em sua união, refletem o amor de Cristo pela Igreja.


Carl Jung também fala dessa dualidade ao apresentar a anima e o animus, que representam os aspectos femininos e masculinos dentro de cada pessoa. No entanto, Jung adverte que a harmonia entre esses aspectos é essencial para a saúde psicológica. Quando se nega um desses pólos ou se tenta sobrepor um ao outro, há um desequilíbrio que pode levar a crises psicológicas. Isso está em consonância com o que a Igreja ensina sobre a complementaridade entre homem e mulher, onde ambos possuem papéis distintos, mas igualmente importantes, no plano de Deus.


No entanto, vivemos em uma época de confusão sobre o papel de cada um. O feminismo moderno, ao buscar equiparar a mulher ao homem em todos os aspectos, nega muitas vezes as virtudes inerentes à feminilidade. Essa tentativa de masculinização da mulher, que no fundo é um machismo disfarçado, ignora a riqueza que o feminino traz à sociedade e ao lar. Conforme apontado no livro Libido Dominandi, a busca pela igualdade a qualquer custo é uma forma de controle que, ao invés de liberar, subjuga as mulheres e homens, transformando-os em instrumentos de uma engenharia social destinada a manipular as massas. A sexualização precoce, incentivada pela cultura moderna, faz parte desse projeto, desviando a energia psíquica necessária para o desenvolvimento integral da pessoa e da sociedade.


No contexto do cristianismo, o feminino tem um papel crucial como guardiã da vida, da fé e da família. Na Idade Média, a mulher era vista como a mantenedora do fogo da vida, tanto no âmbito doméstico quanto espiritual. Era responsável por educar os filhos na fé e garantir que o lar fosse um reflexo da graça de Deus. A figura da Virgem Maria exemplifica perfeitamente esse ideal feminino: ao mesmo tempo humilde e forte, submissa a Deus e poderosa na graça, Maria é o modelo da mulher cristã. A verdadeira dignidade feminina não se encontra em imitar o homem, mas em abraçar sua própria natureza com fidelidade e virtude.

 
 
 

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